A Casa Vieira Guimarães foi mandada erigir pelo médico e historiógrafo nabantino José Vieira da Silva Guimarães, onde viveu até ao final dos seus dias. Foi construída no início do século passado, mais precisamente entre 1920 e 1922, junto à Ponte Velha de Tomar, em frente ao rio Nabão.
José Vieira da Silva Guimarães nasceu em Tomar em 1864 e faleceu no ano de 1939. Por vontade expressa em testamento, Vieira Guimarães doou a sua casa à Câmara Municipal de Tomar, com o desígnio explícito de o espaço ser utilizado para fins culturais. No rés do chão do prédio de dois andares, funcionou durante muitos anos a Pastelaria Primorosa, enquanto que no primeiro andar se instalou a Biblioteca Calouste Gulbenkian. Atualmente, funciona no primeiro piso a sede da Comissão da Festa dos Tabuleiros e o piso térreo é um espaço cultural de exposições temporárias gerido pelo Município.
Reconhecida como uma referência arquitetónica na cidade, a Casa Vieira Guimarães apresenta uma arquitetura de influência manuelina e está classificada como um imóvel de interesse municipal. Situada no coração do centro histórico de Tomar, trata-se de um edifício revivalista do início do século XX, em que o revivalismo manuelino é evidente nas janelas maineladas e nos diversos motivos decorativos que sobressaem no imóvel. Nas últimas décadas, o espaço interior foi alvo de alterações, de forma a adaptar-se às novas funções a que se destinava.
Vieira Guimarães, para além de médico, foi professor de geografia e história no Liceu de Camões em Lisboa, assim como arqueólogo, deputado e historiógrafo. Foi uma personalidade de relevo na vida cultural da cidade, que muito contribuiu para a valorização do seu património cultural e artístico, sendo o autor de uma série de publicações dedicadas a Tomar e à Ordem de Cristo.
A Casa Vieira Guimarães mantém viva a sua memória e homenageia o seu legado.